A Igreja após-renúncia de Bento XVI quebrou tabus, pois não precisava lamentar a morte de um papa. Abriu-se, de imediato, um amplo diálogo, interno e externo, que durou semanas, sobre os problemas, a necessidade de reforma e sobre o perfil do sucessor. Aquela fase de transição permitiu a eleição de um papa reformista, diferente, Francisco. O vínculo de continuidade entre os papas Bento XVI e Francisco, portanto, é indiscutível. Ambos enxergavam que era preciso renovar a Igreja e o Vaticano.