América Latina precisa de 'estabilidade' e 'Estado democrático de direito', diz Mercadante sobre crise no Peru

Coordenador dos grupos técnicos da transição afirmou ainda que quebra da institucionalidade causa ‘imensos prejuízos’ à população. Presidente eleito, Lula, e o presidente atual, Jair Bolsonaro, ainda não comentaram destituição do presidente peruano. Coordenador dos grupos técnicos da transição de governo, o ex-ministro Aloizio Mercadante disse nesta quarta-feira (7) que a América Latina precisa de “estabilidade” e “Estado democrático de direito”, ao comentar a crise política no Peru, que levou à destituição do presidente Pedro Castillo.
“Nós não temos ainda todas as informações disponíveis, mas tem uma questão fundamental. A América Latina precisa de democracia, estabilidade das instituições, estado democrático de direito, respeito à soberania do voto. Qualquer tentativa de construir soluções que não passem por eleições limpas, legítimas e reconhecidas e que haja quebra da institucionalidade já mostrou que traz imensos prejuízos à sociedade”, afirmou Mercadante.
Mais cedo, Castillo fez uma transmissão pública para anunciar a dissolução do Congresso e convocar novas eleições, em resposta ao último pedido de impeachment que sofreu. Durante o anúncio de dissolução do Congresso, Castillo afirmou que iria instituir um governo de exceção, declarando estado de emergência.
A manobra de Castillo não funcionou. O Parlamento ignorou a dissolução e se reuniu para aprovar o pedido de impeachment do presidente. A Suprema Corte do Peru classificou a atitude de Castillo como golpe de Estado e determinou que a vice, Dina Boluarte, assuma a Presidência.
Castillo foi preso momentos depois, enquanto se preparava para deixar o palácio do governo.
Até a última atualização desta reportagem, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e o atual presidente, Jair Bolsonaro, não haviam comentado a crise no Peru.

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