Alemanha vai estatizar filial local da cia russa de gás Gazprom


Com nacionalização, governo alemão quer evitar novos cortes por parte da fornecedora russa, responsável pelo abastecimento de grande parte do gás utilizado no país europeu. Logotipo da filial alemã da Gazprom, que Berlim decidiu nacionalizar.
Fabrizio Bensch/ Reuters
A Alemanha vai nacionalizar a filial local da gigante companhia energética russa Gazprom, que fornece a maior parte do gás que o país utiliza ao longo do ano.
A nacionalização será feita, segundo o governo alemão, para evitar a quebra da empresa, que o Estado alemão administra desde abril e que está endividada. Segundo Berlim, após a guerra da Ucrânia, em fevereiro, a Rússia parou de enviar recursos à companhia.
Até agora, no entanto, não estava claro quem tinha passado a ser o proprietário da Gazprom Germania, que com a estatização passa a se chamar Securing Energy for Europe GmbH (SEFE).
O objetivo é garantir a “segurança do fornecimento de gás” na Alemanha, afirmou o Ministério da Economia em um comunicado.
A Sefe, antes conhecida como Gazprom Germania, é uma operadora de redes e controla a maior instalação de armazenamento de gás da Alemanha, situada na cidade de Rehden, no noroeste do país.
Segundo o Ministério de Economia, por conta da falta de recursos, os parceiros comerciais e os bancos suspenderam as relações comerciais com a empresa ou se mostraram reticentes a iniciar novas.
“Isso coloca em perigo a continuidade das operações comerciais da SEFE e, portanto, o abastecimento de gás”, afirmou a pasta, em comunicado.
Esta é a segunda nacionalização de um importante grupo energético na Alemanha em três meses. Em setembro, Berlim fez o mesmo com a Uniper, asfixiada pelos cortes no fornecimento de gás russo.
Planta da Gazprom na região de Sverdlovsk, na Rússia
Divulgação
Como resultado da nacionalização, a Gazprom perde sua participação na empresa, segundo o ministério.
Agora, Berlim vai aportar 225 milhões de euros (cerca de R$ 1,2 bilhão) na empresa, tornando-se assim o “único novo acionista”. “Isso conclui a mudança de propriedade”, declarou o Ministério da Economia.

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