Hoje, a economia da China é aproximadamente cinco vezes maior que a da Índia. O cidadão médio da China tem uma produção econômica de quase US$ 13.000 por ano, enquanto a média do indiano é inferior a US$ 2.500. Nos indicadores de desenvolvimento humano, o contraste é ainda mais nítido, com taxas de mortalidade infantil muito mais altas na Índia, expectativa de vida menor e acesso ao saneamento menos prevalente.
A divergência, dizem os analistas, se deve em grande parte à consolidação central do poder político da China, reforma agrária séria, um início anterior na abertura de sua economia às forças de mercado a partir do final dos anos 1970 e seu foco único no crescimento liderado pelas exportações. A China aproveitou a vantagem do pioneirismo e depois aumentou seu domínio enquanto perseguia seus planos incansavelmente.
A Índia começou a abrir sua economia quase socialista quase uma década depois. Sua abordagem permaneceu fragmentada, limitada pela complicada política de coalizão e pelos interesses conflitantes de industriais, sindicatos, agricultores e facções em todo o seu espectro social.
“Existe aquele elemento em que a China é um modelo natural – não por sua política, mas pela eficiência absoluta”, disse Jabin Jacob, professor de relações internacionais e estudos de governança na Universidade Shiv Nadar, perto de Nova Délhi.
O mundo agora tem uma estrutura de poder radicalmente diferente da que tinha em 1990. A China já se tornou a fábrica do mundo, quase fechando qualquer caminho que a Índia poderia seguir para o domínio competitivo na manufatura voltada para a exportação.
Uma campanha “Make in India”, inaugurada por Modi em 2014, tem gaguejado desde então. Os custos salariais são mais baixos na Índia do que na China, mas grande parte da força de trabalho é mal educada, e o país tem lutado para atrair investimentos privados com seus leis trabalhistas restritivas e outros impedimentos aos negócios, incluindo protecionismo persistente.
