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A Capa de Joan Smalls na Vogue Brasil e o Retoque Excessivo: Uma Reflexão Sobre Padrões de Beleza e Representatividade

A edição de outubro de 2025 da Vogue Brasil trouxe a renomada modelo Joan Smalls na capa, uma escolha que, à primeira vista, celebra a beleza e o sucesso de uma das figuras mais importantes da indústria da moda. No entanto, a recepção da capa nas redes sociais e em fóruns especializados como o The Fashion Spot, onde a notícia original foi publicada, revela uma discussão mais profunda sobre os padrões de beleza impostos e a manipulação da imagem na mídia.

A Beleza de Joan Smalls e o Retoque Polêmico

Joan Smalls, de origem porto-riquenha, é uma modelo de grande destaque internacional, conhecida por sua beleza natural, versatilidade e engajamento em causas sociais. Sua presença na capa da Vogue Brasil deveria ser um momento de celebração da diversidade e da representatividade na moda brasileira, um país com vasta miscigenação e uma rica história cultural. Contudo, muitos internautas e críticos de moda apontaram para o excesso de retoque na imagem da modelo, questionando se a edição buscou “melhorar” uma beleza que já é considerada excepcional.

A discussão sobre o retoque excessivo em fotos de revistas de moda não é nova. A prática, que muitas vezes busca alcançar um ideal de perfeição irreal, pode ter um impacto negativo na autoestima e na autoimagem das pessoas, especialmente entre jovens que consomem essas imagens e as internalizam como padrões a serem seguidos. Além disso, o retoque excessivo pode apagar traços únicos e característicos da beleza individual, homogeneizando a aparência das modelos e celebridades.

O Impacto na Representatividade e na Autoestima

Quando uma revista de moda, como a Vogue Brasil, retoca excessivamente a imagem de uma modelo como Joan Smalls, ela está, de certa forma, perpetuando um ciclo de padrões de beleza inatingíveis e excluindo outras formas de beleza que não se encaixam nesse ideal. Isso pode ter um impacto particularmente negativo em mulheres e meninas que não se veem representadas nas capas de revistas e que podem sentir que sua aparência não é “boa o suficiente”.

É importante ressaltar que a Vogue Brasil, como uma das principais publicações de moda do país, tem um papel importante na construção da imagem e da identidade brasileira. Ao escolher modelos diversas e celebrar diferentes tipos de beleza, a revista pode contribuir para uma sociedade mais inclusiva e para a valorização da autoestima de seus leitores. No entanto, quando a revista recorre ao retoque excessivo, ela pode estar perdendo a oportunidade de promover uma mensagem positiva e de empoderamento.

O Futuro da Moda e a Busca por Autenticidade

A polêmica em torno da capa de Joan Smalls na Vogue Brasil serve como um lembrete de que a indústria da moda precisa repensar seus padrões de beleza e sua relação com a imagem. Em um mundo cada vez mais conectado e consciente, os consumidores estão buscando autenticidade, diversidade e representatividade nas marcas e nas publicações que consomem. As revistas de moda, como a Vogue, precisam acompanhar essa mudança e se adaptar às novas demandas do mercado.

Talvez o futuro da moda esteja em celebrar a beleza natural e a individualidade de cada pessoa, em vez de tentar impor um ideal de perfeição irreal. Ao abraçar a diversidade e a autenticidade, a indústria da moda pode se tornar mais inclusiva, relevante e inspiradora para todos.

A discussão sobre a capa da Vogue Brasil com Joan Smalls nos convida a refletir sobre o papel da mídia na construção de nossa autoimagem e na definição de nossos padrões de beleza. É fundamental que estejamos atentos às mensagens que consumimos e que busquemos fontes de informação e de inspiração que valorizem a diversidade, a autenticidade e o amor próprio. Afinal, a verdadeira beleza está naquilo que nos torna únicos e especiais.

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