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Arte da IA: da marginalização ao mainstream e os perigos silenciosos da resistência antimicrobiana

A inteligência artificial (IA) generativa tem evoluído rapidamente, impactando diversas áreas, inclusive o mundo da arte. O que antes era visto como ‘arte de IA’ com conotação pejorativa, hoje ganha espaço em galerias e até em leilões de renome. Paralelamente, enfrentamos uma crise global silenciosa: a crescente resistência antimicrobiana, que ameaça a eficácia de medicamentos essenciais para a saúde humana.

A Ascensão da Arte Generativa

Inicialmente, a arte gerada por IA, comumente associada a ferramentas como Midjourney e Runway, era recebida com ceticismo e até desprezo por muitos artistas e críticos. A percepção era de que essas ferramentas produziam obras genéricas, sem a profundidade emocional e a originalidade inerentes à criação humana. No entanto, essa visão tem se transformado.

Artistas inovadores têm explorado o potencial da IA para expandir seus próprios processos criativos, utilizando-a como ferramenta de experimentação e colaboração. O resultado são obras que desafiam as fronteiras entre a arte humana e a artificial, gerando debates importantes sobre autoria, originalidade e o futuro da expressão artística. A aceitação crescente da arte da IA é evidente em sua presença em galerias de arte contemporânea e até em leilões prestigiados, como os da Sotheby’s, o que demonstra uma mudança de paradigma no mundo da arte.

A Crise Silenciosa da Resistência Antimicrobiana

Enquanto a arte da IA ganha espaço, um problema de saúde pública global se agrava silenciosamente: a resistência antimicrobiana (RAM). Esse fenômeno ocorre quando bactérias, vírus, fungos e parasitas evoluem e se tornam resistentes aos medicamentos utilizados para combatê-los, como antibióticos, antivirais e antifúngicos. O resultado é um aumento no número de infecções difíceis de tratar, prolongando o tempo de internação hospitalar, aumentando os custos de saúde e elevando o risco de morte.

O uso excessivo e inadequado de antimicrobianos em humanos e animais é um dos principais impulsionadores da RAM. A automedicação, a prescrição desnecessária de antibióticos para infecções virais e o uso indiscriminado de antimicrobianos na criação de animais para consumo humano contribuem para o desenvolvimento e a disseminação de microrganismos resistentes.

A falta de investimento em pesquisa e desenvolvimento de novos antimicrobianos também agrava a situação. As empresas farmacêuticas têm se mostrado relutantes em investir nessa área, devido aos altos custos e aos baixos retornos financeiros. Como resultado, o arsenal de medicamentos disponíveis para combater infecções resistentes é limitado, o que coloca em risco a saúde pública global. Para saber mais, consulte o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o tema.

Um Futuro Incerto

A reabilitação da arte da IA e a crescente ameaça da resistência antimicrobiana são dois exemplos de como a tecnologia e a ciência moldam nosso mundo. Enquanto a IA oferece novas possibilidades criativas e desafios conceituais, a RAM representa uma ameaça real à saúde humana e à segurança global. É fundamental que a sociedade esteja atenta a esses desenvolvimentos e que sejam tomadas medidas urgentes para mitigar os riscos e aproveitar os benefícios da tecnologia e da ciência de forma responsável e sustentável. A conscientização, a educação e o investimento em pesquisa e desenvolvimento são essenciais para proteger a saúde humana e garantir um futuro melhor para todos. É preciso repensar o uso de antibióticos e investir em saneamento básico, como mostra este comunicado da UNICEF.

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