Assim como seus antecessores, Lula obteve mais de 50% dos votos válidos nesses locais. Rio Grande do Sul vai no sentido contrário, e só deu vitória ao eleito em 3 ocasiões. Desde a 1ª eleição direta após a Ditadura Militar, em 1989, todos os presidentes eleitos venceram nos estados de Minas Gerais e Amazonas.
Ou seja, nesses dois locais, eleitores deram mais da metade dos votos válidos a:
Fernando Collor (PRN), em 1989;
Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1994 e 1998;
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2002 e 2006;
Dilma Rousseff (PT), em 2010 e 2014;
Jair Bolsonaro (PSL na ocasião, atual PL) em 2018;
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022.
Na outra ponta, o Rio Grande do Sul aparece como o estado que menos conseguiu eleger os presidentes mais votados no Brasil. Isso aconteceu em apenas 3 ocasiões: em 2002 e 2006, quando Lula venceu, e em 2018, na vitória de Bolsonaro.
A eleição com a maioria mais folgada foi a de Lula, em 2002, quando o petista obteve mais de 50% dos votos em 26 unidades da federação — a exceção foi Alagoas. Antes dele, o recorde foi de FHC, com 25 estados, em 1994.
Neste ano, a vitória de Lula foi apertada, com 50,9% dos votos válidos. Lula ganhou em 13 estados, enquanto Bolsonaro venceu em 14.
Por outro lado, os mais de 60 milhões de votos recebidos por Lula no segundo turno são a maior votação obtida por um candidato à Presidência desde a redemocratização.
O recorde anterior foi em 2006, quando o petista venceu o tucano Geraldo Alckmin com 58,3 milhões de votos, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).