RIO DE JANEIRO – Em uma igreja evangélica no subúrbio do Rio de Janeiro na manhã de domingo, grande parte da congregação estava vestida de verde e amarelo, as cores da bandeira brasileira e um tradicional sinal de apoio ao presidente Jair Bolsonaro.
O pastor Silas Malafaia, líder da igreja evangélica Assembleia de Deus Vitória em Cristo, divulgou os eventos e a equipe arrecadou doações. Então ele começou a pregar.
“Sempre disse que a igreja não vota nem apoia ninguém”, disse ele. “Mas eu posso, você como cidadão de um país pode, e nós que fazemos parte de um grupo e compartilhamos crenças podemos apoiar alguém.”
Malafaia teve o cuidado de não mencionar deliberadamente o nome de Bolsonaro em seu sermão, mas sua camisa verde e amarela indicava claramente seu apoio ao presidente de extrema-direita.
Os evangélicos, que representam mais de 30% da população brasileira, apoiaram fortemente Bolsonaro em 2018 e no primeiro turno das eleições de 2022. Pesquisas sugeriram que pelo menos 60% deles apoiariam o presidente Jair Bolsonaro no segundo turno de domingo. Muitos pregadores usaram seu púlpito para influenciar seus congregados a votar no líder brasileiro.
Malafaia falou por mais 25 minutos, repetindo várias das falas habituais de Bolsonaro: críticas à mídia, alertas de que comunistas e “esquerdopatas” – uma palavra informal que combina “esquerdista” e “sociopata” em português – eram uma ameaça à escola crianças e dúvidas sobre a segurança do sistema eleitoral brasileiro.
“Se hackers invadem o sistema mais seguro do mundo, que é o do Pentágono, por que não podem hackear o sistema que controla as eleições no Brasil?” Disse o Sr. Malafaia, pedindo às pessoas que se levantem, deem as mãos e rezem juntos contra a fraude eleitoral.