Nos três estados, apenas o eleitorado mineiro deu vitória para Lula no 1º turno, com paulistas e fluminenses optando por Bolsonaro. Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Ceará, Santa Catarina e Goiás são outros estados de destaque
Nelson Almeida/AFP
As campanhas de Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT) concentram em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro até metade de todo o valor investido em propaganda política no Google.
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Os dados, divulgados pela própria empresa, são do 2º turno, entre os dias 3 e 25 de outubro. As estatísticas são atualizadas em tempo real.
Bolsonaro investiu R$ 19,2 milhões em propaganda nas redes sociais da empresa (Google, YouTube, entre outros). Deste total, R$ 8,6 milhões (44%) ficaram nos três estados do Sudeste.
O investimento restante do candidato do PL ficou concentrado nos estados da Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Ceará, Santa Catarina e Goiás, que somaram R$ 6,21 milhões.
Já o investimento de Lula é proporcionalmente maior no Sudeste: 55% dos valores foram aplicados nos três maiores colégios eleitorais do país. A distribuição de dinheiro em outras regiões foi parecida com a de Bolsonaro, com os mesmos estados abocanhando a maior parte da outra metade dos investimentos.
Contudo, o valor, de R$ 6,7 milhões, é menor em comparação a Bolsonaro e apresenta redução de 67% ao injetado pela campanha do PT no 1º turno em São Paulo, Minhas Gerais e Rio de Janeiro. Já o candidato do PL mais do que quintuplicou o investimento no mesmo período.
Nas três unidades federativas, apenas o eleitorado mineiro deu vitória para Lula no 1º turno, com paulistas e fluminenses optando por Bolsonaro.
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Público-alvo
A maior parte dos anúncios de Bolsonaro no Google não possuem limitação de público. Somente dois vídeos entre os que superam mais de 10 milhões de visualizações e com custo acima de R$ 100 mil são limitados para o público feminino.
Os dois vídeos foram alavancados nas redes sociais no dia 22 de outubro, com foco em mulheres, de 35 anos ou mais, em todo o Brasil. “Olá, minhas tias do zap”, começa Bolsonaro na peça.
O Google possibilita ao anunciante limitar o público-alvo de cada propaganda. No geral, a campanha de Bolsonaro não limita o alcance. Nestes dois vídeos, estão fora do público homens, pessoas de gênero desconhecido e mulheres jovens, de 18 a 34 anos.
“Vocês que passam parte do dia passando textos, trocando informações com as suas colegas. Eu peço a você agora que continue fazendo isso”, diz o presidente, que pede para que as mulheres convençam “a cada um do ciclo de amizade” a ir às urnas no dia 30 “votar 22, Bolsonaro presidente”.
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Lula mantém em seus principais produtos publicitários no Google a liberação para todos os públicos: homens, mulheres e pessoas de gênero desconhecido; de 18 a 65 anos ou mais e dentro do Brasil.
Somente um entre os dez anúncios com mais de 10 milhões de visualizações e custo de R$ 100 mil ou mais é limitado. A peça exclui o público de 65 anos ou mais.
O vídeo mostra a ex-candidata Simone Tebet (MDB), terceira colocada no primeiro turno e hoje aliada de Lula. Nas imagens, a senadora critica o comportamento de Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19.
“Negou a vacina e simplesmente pregou o uso de um medicamento sem eficácia, e com isso levou à morte dezenas, senão centenas de milhares de brasileiros”, afirma Tebet.
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