Por exemplo, grande parte da desinformação no Brasil é compartilhada no WhatsApp, o aplicativo mais popular do país. Como o WhatsApp criptografa as mensagens, a empresa e os funcionários não podem ver as mensagens que os usuários compartilham entre si, complicando sua capacidade de combater a desinformação.
O WhatsApp modificou seu aplicativo para conter a disseminação, por exemplo, colocando limites no tamanho dos grupos e no número de vezes que uma mensagem pode ser encaminhada, mas a desinformação continua sendo um problema, segundo os pesquisadores.
Google e Meta, donos do WhatsApp, Facebook e Instagram, não quiseram comentar. A campanha de Lula não respondeu aos pedidos de comentários.
Pelas novas regras, se uma empresa de tecnologia se recusar repetidamente a cumprir as ordens de Moraes, ele pode “suspender o acesso aos serviços” na plataforma no Brasil por até 24 horas.
No início deste ano, De Moraes disse que planejado para bloquear o Telegram, o serviço de mensagens com milhões de usuários no Brasil, depois que a empresa não seguiu suas ordens para excluir a conta de um proeminente apoiador de Bolsonaro acusado de espalhar desinformação. (Moraes atuava então como juiz do STF). Moraes reverteu essa proibição vários dias depois, depois que o Telegram concordou com as mudanças.
Affonso Souza, el profesor de derecho en Río de Janeiro, dijo que dado el plazo de dos horas para cumplir con las órdenes de Moraes —y solo una hora en la víspera de las elecciones— Moraes podría intentar bloquear una plataforma en los últimos días de a campanha. “Isso definitivamente colocaria lenha na fogueira dos apoiadores de Bolsonaro”, disse ele.
André Spigariolcolaborou com reportagem de Brasília.
Jack Nicas é o chefe da sucursal do Times no Brasil, que cobre Brasil, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai. Eu costumava cobrir tecnologia de São Francisco. Antes de ingressar no Times em 2018, trabalhou por sete anos no The Wall Street Journal. @jacknicas • Facebook