O presidente Vladimir Putin assinou um decreto na segunda-feira (26) concedendo cidadania russa ao ex-funcionário de inteligência dos EUA Edward Snowden.
Snowden, 39, fugiu dos Estados Unidos e recebeu asilo na Rússia depois de vazar arquivos secretos em 2013 que revelavam vastas operações de vigilância doméstica e internacional realizadas pela Agência de Segurança Nacional dos EUA, onde ele era contratado.
As autoridades dos EUA há anos querem que Snowden retorne aos Estados Unidos para enfrentar um julgamento criminal por acusações de espionagem.
Edward Snowden durante participação online na Web Summit de Lisboa em 4 de novembro de 2019 — Foto: Rafael Marchante/Arquivo/REUTERS
Não houve reação imediata de Snowden, cujo nome apareceu sem qualquer comentário do Kremlin em uma lista de 72 indivíduos nascidos no exterior a quem Putin estava conferindo cidadania.
Snowden, de 37 anos, vazou arquivos secretos que revelavam enormes operações de vigilância doméstica e internacional da Agência de Segurança Nacional (NSA, da sigla em inglês) quando prestava serviços à instituição vinculada ao Departamento de Defesa dos EUA.
As autoridades norte-americanas tentam há anos a extradição de Snowden para que ele possa ser julgado pelo vazamento de informações.
Edward Snowdem durante aparição online em evento na cidade de Moscou, na Rússia, em setembro de 2021 — Foto: Olesya Astakhova/REUTERS/Arquivo
Em 2019, enquanto refugiado na Rússia, Snowden disse que “o mais triste em todo caso (de vazamento das informações) é que o único lugar onde um informante americano pode falar não é na Europa, mas aqui (na Rússia)”.
Em 2020, a Moscou concedeu a Snowden direito de residência permanente, abrindo caminho para que ele obtivesse a cidadania russa.
Putin, um ex-chefe de espionagem russo, disse em 2017 que Snowden, que mantém um perfil discreto enquanto mora na Rússia, estava errado ao vazar segredos dos EUA, mas não era um traidor.