‘Pantanal’ termina nesta sexta; elenco se emociona em despedida | TV e Séries

Na despedida, Juliano Cazarré e Silvero Pereira se emocionaram ao falar do trabalho em conjunto.

“Estava vendo o Guito tocar agora. Um ano atrás tava conhecendo o Guito e foi uma aventura. A gente colocou tudo o que a gente tinha nessa novela”, disse Cazarré, emocionado.

“Confesso que ainda não caiu a ficha para mim, esse último capítulo de hoje ainda não está na minha cabeça ‘termina hoje’. São essas coisas que o Ju falou dos encontros que tivemos nessa novela, dos afetos que a gente construiu”, acrescentou Pereira.

“As gravações acabaram, mas o amor segue para sempre”, continuou Pereira. O remake de “Pantanal” termina nesta sexta-feira (7).

Veja o que mais o elenco de “Pantanal” falou na despedida das gravações da novela, que dará lugar a “Travessia”.

Emoção marca despedida de elenco de “Pantanal” — Foto: Globo/Paulo Belote

“A pressão do público e da imprensa a gente sentiu bem no início, antes de começar a gravar. Mas quando nos juntamos todos no Pantanal, elenco, equipe, direção, isso deu leveza para as coisas e o sucesso foi consequência dessa união. E logo foi embora essa expectativa ou qualquer medo da comparação.”

“Gravando essas últimas cenas, eu sinto que podia ter mais um ano de gravação (risos). O trabalho foi muito cansativo, árduo, eu brinco que foi um perrengue ‘chic’.”

“Passamos três meses no Pantanal, deixando as famílias aqui. Foi intenso, quando voltamos para o Rio de Janeiro, gravamos muito. Foi muito puxado, cansativo, mas todo dia vindo com sorrisão na cara. Em ‘Pantanal’ tudo dá certo. Até quando tinha tudo para dar errado, deu certo.”

“Eu vou sentir muita falta, saudade, do elenco que a gente se encontra uma vez por semana pelo menos fora do trabalho. E isso é especial, não é sempre que acontece esse entrosamento geral. Essa novela foi um acerto, a obra certa, no momento certo, falar de natureza, desse Brasil profundo, dessa conexão cheia de histórias boas, um clássico… ‘Pantanal’ é um marco para mim, de cabo a rabo. Desde a primeira vez que Papinha (Rogério Gomes) me ligou até agora, o último dia de gravação. As emoções que eu tive enquanto personagem, as vivencias, eu esqueci um pouco do Zé. Foi maravilhoso.”

Última semana de Pantanal: Fantástico visita os bastidores e encontra uma equipe unida, já morrendo de saudade da novela

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“Como eu não era nascida na primeira versão da novela, embora conhecesse, não tinha a dimensão do que essa obra representava no Brasil. Mas já nas primeiras semanas de gravação eu fui entendendo melhor essa obra que fala sobre esse Brasil que está oculto para muitas pessoas, mas que a gente gosta de ver, de acessar.”

“Eu me surpreendi nesse sentido, porque eu sabia que tinha sido um grande sucesso, mas não como aconteceu exatamente. Quando vi o primeiro capítulo entendi a grandiosidade de Pantanal. E comecei a entender o que conquistou o público tão fortemente 30 anos atrás, e que felizmente a gente conseguiu conquistar de novo agora. Para mim, foi uma grata surpresa, uma grata descoberta.”

“O texto, a qualidade dos personagens, o fato de todos os personagens terem algo relevante a contar é um diferencial. E foi lindo ver a generosidade do público com a gente. Nós nos sentimos todos parte da mesma família, a família Leôncio. Eu percebo isso quando as pessoas vêm me falar da novela e eu acho que é por isso, porque é uma trama acolhedora. Eu vejo que as pessoas têm essa sensação de pertencimento à cozinha da Filó, às rodas de viola. De alguma forma, parecia que o público estava sempre ali com a gente e isso foi muito gostoso.”

“E, além disso, todo o elenco estava muito entrosado. Tivemos esse presente que foi poder conviver juntos no Pantanal e trazer isso para os Estúdios Globo. A conexão da gente era tão forte que transpassamos isso para o público, que construiu essa história com a gente.”

“Neste momento, de fim de gravação, o sentimento é de alívio porque quando essa novela começou eu não sabia se eu ia conseguir. Mas foi. Nasceu a Muda. Eu tinha muito medo porque era uma estreia nesse projeto gigantesco, com uma memória afetiva muito forte no público.”

“Foi uma grande responsabilidade. E agora é um alívio. Outro sentimento que carrego nesse momento é gratidão, por esse presente e me sentir honrada de fazer parte dessa história. E saudade, muita saudade. Sentimento de coração quentinho e dever cumprido. O que fica desse projeto é a importância da generosidade. Eu acho que ‘Pantanal’ só foi esse sucesso porque existia muita generosidade entre todos, elenco, equipe, direção, comunicação, camareiras, caracterização… Em ‘Pantanal’ existiu muita troca e a gente mostra que a união faz a força.”

“Quando cheguei senti uma humildade unanime por parte do elenco sabendo que remake é remake, não havia a pretensão de ser o mesmo sucesso da primeira versão. Acho que todos estavam muito com essa ideia de fazer diferente.”

“Usamos muitos recursos que hoje a tecnologia tem a nosso favor, e procuramos ficar o mais descontraídos possível. Criamos um clima gostoso entre elenco, equipe, direção e acho que isso transpareceu para a tela. O sentimento agora é que o coração está doendo. Está parecendo formatura do terceiro ano, quando a gente começa a assinar as camisas. Mas também dá um alívio de dever cumprido, de ter entregado uma boa história, bonita.”

“Não dá para comparar as duas versões, o mundo mudou, os tempos são outros. Mas acho que, como daquela vez, conseguimos contar uma boa história.”

“O que fica de ‘Pantanal’ em mim é a amizade. Com cada um do elenco, da direção, da equipe técnica, essa proximidade que a gente desenvolveu é algo que vai permanecer para o resto da vida. Foi realmente diferenciado.”

Tibério ( Guito ) e Muda ( Bella Campos ) — Foto: Globo/Fábio Rocha

“Em ‘Pantanal’, como já existia a primeira versão, a gente não sabia ao certo como iria contar essa história, sabendo que a primeira vez tinha sido um grande sucesso. E como uma história de 30 anos atrás se torna nova para os dias de hoje. A gente ter começado a gravar pelo Pantanal fez com que a gente se habituasse, tivesse propriedade para contar essa história, então foi um processo muito leve e divertido.”

“Meu primeiro trabalho na Globo foi ‘A Casa das Sete Mulheres’ e depois fiz muitos trabalhos aqui dentro. O que aconteceu em ‘Pantanal’, que é muito legal e muito raro é que equipe e elenco se dá muito bem, a gente se gosta, a gente quer estar junto, a gente se pertence, todo mundo se sente pertencido. Isso é raro, a gente conta nos dedos os trabalhos que ficam em um lugar muito especial. E Pantanal fica. Todo mundo é amigo, se gosta de verdade, isso é o que fica.”

“No mais, dentro de mim fica o Pantanal, o lugar, o lugar que eu não tinha ideia de como era bonito, rico e que se a gente não mudar a nossa cabeça, pode não ter mais aquele lugar tão lindo como ele é.”

“Antes de fazer Pantanal fui espectadora. Eu não só tinha uma expectativa muito grande, como eu me imaginava lá naquela época fazendo Pantanal. Então quando eu recebi o convite, eu já senti uma emoção única e verdadeira. E isso já me encheu de potência, como se eu tivesse certeza de que seria uma boa novela. Mas eu não imaginava o quão ela ia ser abraçada pelo público e isso é surpreendente.”

“Foi uma unanimidade e é tão raro viver isso. O sentimento que carrego hoje é de agradecimento à essa equipe e elenco incrível que fez a novela. Essa parceria com o Marquinhos Palmeira, que é uma pessoa tão importante na minha vida profissional. Eu tenho muito a agradecer por ele estar no meu caminho, espero cruzar com ele muito mais vezes na minha vida. E entender que viver os momentos especiais não é o cotidiano das pessoas.”

“É preciso valorizar quando isso acontece e eu estou vivendo intensamente esse momento. Eu me apaixonei pelo Pantanal, o local. E eu acho que sou meio pantaneira também. Eu tenho que admitir que eu sou uma mulher que poderia ter nascido no Pantanal.”

“Eu acho que tenho uma cara pantaneira. Eu poderia muito bem dizer que sou de lá, então eu diria que hoje eu sou Pantanal. Também, além de amazônica.”

Casamentos marcam a última semana de ‘Pantanal’ – Zefa (Paula Barbosa), Tadeu (José Loreto), Filó (Dira Paes), José Leôncio (Marcos Palmeira), Irma (Camila Morgado) e José Lucas (Irandhir Santos) — Foto: Globo/Estevam Avellar

“Chegar numa obra que já era um sucesso tem um lugar de conforto, mas também uma certa tensão porque a minha personagem era a Zuleica, segunda esposa do Tenório, quando a primeira era a Maria Bruaca, que já era amada no Brasil inteiro.”

“Cheguei a receber mensagens de pessoas desejando mal à família, mas também recebi mensagens positivas porque a Zuleica é uma pessoa do bem, generosa, que não ia soltar a mão dessa outra mulher, e isso fez com que o público nos acolhesse.”

“Agora, nesse meu último dia de gravação, como já estou envolvida num próximo trabalho, isso está desviando um pouco o foco da dor da despedida. Quando a gente ama muito uma coisa, faz um trabalho fora da curva como esse, é difícil se despedir.”

“Quem está aqui vivendo esses bastidores, essas gravações, as emoções, e o quanto isso potencializou nossa alma artística, essa obra que mexe tanto com o público, sabe que isso é muito poderoso. Hoje, me maquiando em casa, quando me olhei no espelho e lembrei que seria o último dia de gravação, me atravessou uma vontade de chorar. Não de tristeza. De alegria, de gratidão, de ter a oportunidade de viver um encontro como esse. Hoje eu vim me preparando para chorar, deixar a emoção extravasar e com um sentimento de gratidão gigante.”

“Levo daqui tanta coisa comigo… O valor da troca, principalmente. Essa troca genuína que tivemos aqui potencializa o trabalho de todo mundo. O resultado só é grandioso quando a gente realmente tem um encontro onde todo mundo fala a mesma língua, onde todo mundo coloca o amor e a paixão pelo ofício pela frente. Pantanal é um grande coletivo de pessoas muito apaixonadas pelo ofício.”

“‘Pantanal’ está ainda modificando muito a minha vida a cada dia. É tanta coisa que se vive, tanta transformação, interna, externa, e eu sinto que ainda é cedo para digerir tudo isso. Sei que quando eu finalizar o trabalho vou ter tempo de elaborar e digerir.”

“De cara, já posso dizer que foi um processo muito importante no campo de pesquisa como atriz. A Juma me permitiu desbravar o estudo de uma personagem, de uma história, de um jeito intenso e muito interessante. Essa experiência foi realmente muito engrandecedora.”

Alanis Guillen, no último dia de gravação de Pantanal — Foto: Globo/Paulo Belote

Irandhir Santos (Joventino/ José Lucas de Nada)

“A primeira coisa que senti quando recebi o convite foi uma sensação forte, uma pressão de tocar em algo tão bem feito e tão bem guardado na nossa memória. Logo em seguida, surgiu a vontade de fazer algo novo em relação a uma história já muito bem contada, e a questão da homenagem.”

“Criar em cima de algo que já rolou e não perder nunca de vista a homenagem foram meus dois guias para superar um pouco essa expectativa. Devido ao mergulho ter sido tão profundo e bonito, eu sempre tenho um pouco de dificuldade quando chega perto de concluir. Porque você gosta do que está fazendo, se diverte, tem prazer na história que está contando, e concluir isso, encerrar esse ciclo é sempre difícil para mim.”

“Na última semana, tem elementos que dão essa ajuda. Você entra no cenário e ele está 40% desarmado, você encontra colegas que já terminaram de gravar… Isso me ajuda a ir encerrando o ciclo aos poucos.”

“‘Pantanal’ me deixa a certeza de que é sempre possível contar uma boa história e emocionar as pessoas. Temos muitas histórias assim.”

“O Benedito é um farol nisso, seu texto. Ele que vai nesse tão falado Brasil profundo, ele realmente toca na alma dos espectadores. E você vê essa resposta no público.”

“Eu tinha uma ideia de que seria um projeto grande, com um resultado bom. E tinha muitas esperanças quando apareceu o convite. Eu acho que a gente já sente um pouco que vai ser um projeto bom, bem feito, com qualidade, organização para gravar.”

“Eu acho que a pressão, diretamente, eu não senti. Eu senti que eu tinha de me organizar bem para fazer. A sensação é de que nós, do elenco e equipe, nos tornamos amigos, uma família. Acho que tem muito da casa do José Leôncio nesse sentimento, uma sede familiar. Isso aconteceu nos bastidores, tem uma família de pessoas que eu gosto e todo mundo sente a mesma coisa.”

“De ‘Pantanal’ em mim fica muita ternura, atenção e cuidado com o outro.”

Marcos Palmeira (José Leôncio)

“Eu acho que todo mundo tinha um pouco essa responsabilidade de fazer o melhor que podia. Tínhamos um texto maravilhoso nas mãos e liberdade da direção. E acho que essa novela é muito fruto dessa equipe, eu vejo esse sucesso muito bem dividido. Um texto maravilhoso, uma equipe que bancou essa novela, técnicos de som, de luz, camareiros, maquiadores, o set era muito especial e isso nos deu muita segurança para que durante um ano a gente continuasse com o mesmo astral.”

“Isso saiu da telinha, foi para a casa das pessoas. Eu sinto que o dever está cumprido e fico muito honrado por ter vivido esse momento único.”

“Na minha idade, lembrar do tempo, da outra novela, representar esse papel que fez tanto sucesso com Claudio Marzo, um grande amigo… Tudo isso é especial.”

“A gente pode acreditar na dramaturgia de verdade, não ter medo de contar a história, de dar tempo a ela, sair um pouco desse universo digital. É uma novela analógica, se você pensar, o tempo, a história, a dinâmica de vai e volta. A gente tem de acreditar na dramaturgia. Um texto bom é muito difícil que não dê certo. Alguns sucessos me surpreendem mais, esse não me surpreendeu. O que me surpreendeu foi a dimensão que tomou.”

José Leôncio (Marcos Palmeira), Tadeu (José Loreto), José Lucas de Nada (Irandhir Santos) e Jove (Jesuita Barbosa): juntos na despedida de “Pantanal” — Foto: Globo/Estevam Avellar

Thommy Schiavo (João Zoinho)

“Quando eu soube que teria o remake, liguei para o Papinha (Rogério Gomes) e falei que queria muito fazer porque amo o meio rural. E aí, em junho de 2021, ele me ligou e me chamou para viajar para o Pantanal com a equipe. Naquele momento, ainda não sabia se estaria na primeira ou segunda fase. Conversamos, ele falou: como você entende de comitiva, vai ajudando a galera. Vai se defendendo nas comitivas da primeira fase, ficando nos bastidores, que na segunda você entra.”

“E na segunda fase, além de estar no elenco, também fiquei com essa ajuda nos bastidores. Fomos construindo isso juntos porque a ideia é que todos passassem intimidade mesmo com aquele manejo e ajudei nisso. O sentimento é de dever cumprido.”

“Ficamos um ano juntos, começa a dar aquela saudade. Mas tudo tem começo, meio e fim. Acho que conseguimos transmitir a mensagem da novela e estou muito feliz.”

“Tudo dessa novela fica em mim, o aprendizado que tive, essa troca com os peões, com os atores, com a direção, com a equipe inteira. Fica a experiência, o aprendizado de mais uma novela.”

Juliano Cazarré (Alcides)

“Eu fiquei muito feliz quando soube que a novela ia ter uma nova versão e eu mesmo me ofereci para estar no elenco. Costumo ter mais esperança do que expectativa. Eu tinha esperança de que ia dar certo. E estou muito feliz agora, tendo percorrido essa estrada toda, de ver que deu certo, que a novela caiu no gosto do público, e que a gente conseguiu fazer um bom trabalho.”

“Estou feliz de ter participado disso. Eu sinto muito orgulho de ter participado, de ter feito parte dessa novela, de ter feito parte dessa aventura. Estou feliz que o público gostou da novela e no meu caso especificamente do Alcides, um personagem que teve uma boa recepção e que tem uma história linda dentro da trama, de redenção, um cara que se modifica ao longo do tempo.”

“E ao mesmo tempo sinto um grande alivio de ter entregado, de estar chegando no final, entregando tudo o que a gente se propôs a fazer. Passamos pelas viagens ao Pantanal, quando foi difícil ficar longe da família. Nos últimos meses, gravando muito. Então, estou grato, orgulhoso, feliz e aliviado.”

“‘Pantanal’ me deixa grandes amizades. O Guito, o Thommy, que eu conheci nessa novela. Zé Loreto, que já é meu amigo, mas que foi muito bom reencontrar. Marquinhos Palmeira e Bel Teixeira, pessoas que eu já conhecia, mas que a gente teve a chance de se reaproximar muito.”

“Amizades na direção, na equipe técnica. E essa novela foi um grande teste para mim. Eu estava num momento complicado da vida pessoal. Eu e minha esposa tivemos uma filha que precisou ficar em São Paulo. Hoje estamos gravando aqui as últimas cenas e ela passou pela terceira cirurgia. Deu tudo certo, graças a Deus.”

“Foi uma novela que exigiu muito de mim no sentido emocional. É uma experiência que vai ficar marcada na minha vida, uma novela que eu jamais vou esquecer e dentro da minha carreira eu acho que ela é um ponto de inflexão.”

“A chance de mostrar um trabalho maduro, de muitas emoções, um personagem de altos e baixos. Uma novela que vou guardar com carinho no meu coração.”

Isabel Teixeira (Maria Bruaca)

“No início das gravações não sofri com a expectativa criada pelo público e pela imprensa. Eu levo tudo isso como um trabalho. Não sinto essa pressão porque eu me sinto como uma trabalhadora, uma funcionária que funciona para as artes, como diz meu pai. Então, a pressão pode existir, mas quando você veste a camisa, você vai trabalhar e vai continuar trabalhando se for um fracasso. E também se for um sucesso. Então, que o dia de trabalho seja bom. Que a relação que você tem com as pessoas seja boa. Eu acredito nisso desde sempre.”

“Hoje, com o fim das gravações, o sentimento que está presente é de muito agradecimento por um aprendizado que não dá para valorizar, no sentido de colocar valor, porque foi um grande aprendizado num curto espaço de tempo. Parece que eu vivi 10 anos em um, no sentido de adquirir conhecimento e aprendizado na prática. E foi uma delícia mergulhar nisso.”

“Uma revelação da importância do público na dramaturgia, porque eu acho que esse sucesso todo se faz por essa resposta. Eu comecei a novela acreditando muito nessa escrita coletiva e sempre falei que essa personagem foi criada pelo Benedito, com a mão da Ângela, agora do Bruno, do figurino, da caracterização, minha, com o elemento do público, que escreve junto a novela.”

“Eu me senti participando do país, de uma certa maneira. Sempre pensando nessa grandiosidade continental do nosso país. E quando eu me dei conta de que muita gente estava assistindo, comecei a fazer a conta de quantas pessoas assistiram e quantas sessões de uma peça de teatro eu teria que fazer para alcançar esse público… E aí fui me dando conta desse alcance e desse poder do público… É o público que manda, a gente trabalha para ele e ele responde.”

“Em ‘Pantanal’ ele respondeu com esse novo instrumento, que são as redes sociais, que literalmente escreve junto. Eu saio com isso e com amigos novos, para a vida, acho que foi muito quente, humanamente quente, todas essas relações. Isso vai fazer parte da minha vida para sempre.”

“O que de ‘Pantanal’ ficou em mim: o Pantanal mesmo, o local, essa natureza; a segunda natureza, que é o audiovisual e a teledramaturgia, com toda sua técnica; as pessoas, os atores, as atrizes e a equipe técnica; e ela, a Maria Bruaca. Eu já vivi muito isso, de você conviver com uma personagem muito tempo e de repente ela termina. É um fim de ciclo, um aprendizado você fazer isso. Acho bonito a gente ter essas lições de partir.”

“A MaryBru fica, mas eu sei que agora tem esse desapego, não tem choro nem vela. Eu tirei a roupa e acabou. Mas, ao contrário do teatro, não tem repetição. Vai fazer “puf” hoje, mas está registrado.”

“E hoje tem uma plataforma que eu posso ver qualquer capítulo a qualquer hora. Então é um outro tipo de desapego.”

Alcides (Juliano Cazarré) e Maria Bruaca (Isabel Teixeira): gravação de últimas cenas de “Pantanal” — Foto: Globo/Estevam Avellar

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