A primeira fase do teste do Tribunal de Contas da União (TCU) não encontrou erros nas urnas eletrônicas na eleição do 1º turno de 2022. O balanço preliminar foi apresentado pelo presidente interino da Corte, Bruno Dantas, nesta quarta-feira (5).
“Foi a verificação da primeira amostra, colhida no dia da eleição, e o resultado mostrou zero erro, zero de inconsistência no processo eleitoral”, disse Bruno Dantas ao blog.
Dantas disse que ainda falta a segunda fase da auditoria que o TCU está realizando nas eleições deste ano, com urnas sorteadas e não escolhidas diretamente pelos auditores.
A primeira fase englobou a conferência de 540 boletins de urnas coletados e enviados pelos auditores que estavam nos estados, conferidos por uma equipe de 15 auditores em Brasília.
Segundo Bruno Dantas, a análise foi encerrada no início do dia 3 de outubro, e o processo de votos “por candidato para os cargos de senador, governador e presidente não registrou nenhuma inconsistência de dado incorreto”.
A segunda fase do teste está sendo feita em 4.161 urnas e vai concluir a auditoria do TCU, o que deve ser finalizado em novembro.
Ao lado da procuradora-geral do Ministério Público de Contas, Cristina Machado da Costa e Silva, Bruno Dantas afirmou que a primeira fase registrou sucesso e “evidenciou uma vez mais a transparência do sistema eleitoral brasileiro”.
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), vinha colocando em dúvida a segurança do sistema eleitoral brasileiro e acionou o Ministério da Defesa para fazer uma fiscalização e auditoria nas urnas eletrônicas. Ministros temiam que o governo utilizasse essas medidas para tumultuar a totalização dos votos no 1º turno.
Após a divulgação dos resultados do 1º turno, Bolsonaro foi questionado pela imprensa se duvidada do resultado. O presidente da República, no entanto, não quis fazer avaliação sobre sua confiança nas urnas.
Bolsonaro afirmou apenas que vai aguardar o parecer dos militares das Forças Armadas que estiveram na “sala-cofre”. A sala de totalização do TSE é aberta ao governo, a entidades fiscalizadoras e aos partidos políticos.
Até o momento, o Ministério da Defesa não se pronunciou sobre o seu sistema de fiscalização das urnas.