Você cobriu Greg LeMond quando ele era ciclista, mas também escreveu seu livro anterior, “Cycling Atlas North America”, com ele. Como isso aconteceu?
A editora, Rizzoli, me pediu para fazer o livro “Cycling Atlas North America”. Eu disse que conheço alguns lugares, mas preciso de um especialista americano. Greg estava entusiasmado. Então, quando liguei de volta para a editora, disse: “Encontrei alguém que conhece a América do Norte. Talvez você não o conheça, mas ele foi ciclista há muito tempo.” Quando eu disse que era Greg LeMond, eles apenas disseram “Uau”. Assim, Greg e eu escrevemos o “Atlas North America” juntos 40 anos após nosso primeiro encontro.
Como o ciclismo mudou, especialmente com as viagens, durante suas quatro décadas cobrindo o esporte?
Tudo mudou no ciclismo – na maneira como as pessoas olham para as bicicletas, olham para os ciclistas, e estamos apenas no início de uma nova era de viagens, de bikepacking. É muito novo na França. Vimos isso um pouco antes de Covid. Mas com a Covid, e depois, há muita gente que quer passar uns dias de férias de bicicleta sozinha, com os amigos, com os filhos, para o desporto e para o turismo — ao longo do Loire de bicicleta, por exemplo, para ver os castelos e provar o melhor vinho na estrada. Existem tantos tipos diferentes de passeios. Mas agora é hora de andar de bicicleta.
O que você acha das e-bikes?
As bicicletas elétricas são um desenvolvimento fantástico. Sou um grande defensor das e-bikes porque as vejo trazendo pessoas que nunca pedalaram. Acho que ajuda as pessoas que não estão com boa saúde ou muito velhas para andar de bicicleta. É um grande desenvolvimento aqui na França.
Como comunidades e tecnologias como Strava mudaram a maneira como as pessoas exploram o mundo em uma bicicleta?
Nos primeiros anos do Strava, era considerado uma forma de se comparar com os outros. Mas as pessoas descobriram que é possível encontrar a melhor rota com as ferramentas do Strava. É incrível porque o Strava é uma tecnologia, mas também é uma mídia social agora. E, quando você faz uma pergunta para três pessoas diferentes no Strava, duas delas vão responder – você tem certeza disso – e muitas vezes as três.
Como este livro ajudará os ciclistas a encontrar seus próximos passeios épicos?
Você só precisa virar as páginas do livro. Procuro misturar montanhas com costas, planícies e muitas montanhas baixas. Fiquei muito surpreso com todas as cadeias de montanhas que eu não conhecia antes na Alemanha, Polônia, República Tcheca, Portugal, Eslovênia — há muitas paisagens para você se desafiar, se quiser.
