Como uma das poucas mulheres roqueiras a tocar guitarra no palco na década de 1960, e como uma artista solo que explorou a sexualidade do ponto de vista feminino, Lee foi aclamada como uma heroína feminista. Quando informada da morte da Sra. Lee durante uma audiência da comissão do Senado, a ministra da Cultura do Brasil, a cantora Margareth Menezes, ficou visivelmente emocionada, descrevendo a Sra. Lee como uma “mulher revolucionária”.
A própria Sra. Lee foi um pouco mais direta sobre seus triunfos.
“Quando falamos sobre feminismo e todas essas coisas, eu realmente não tenho a teoria, sou mais a ação”, disse Lee em uma entrevista para a televisão em 2017. “Diziam que mulher não podia usar calça comprida. Huh? Sim, podemos, eu usei o meu. Eles costumavam dizer que as mulheres não podiam tocar rock. Eu pegaria meus ovários, meu útero, tocaria meu rock ‘n’ roll.
Rita Lee Jones nasceu em 31 de dezembro de 1947, em São Paulo, a caçula de três filhas de Charles Jones, um dentista americano descendente de confederados que fugiram para o Brasil após a Guerra Civil (o nome do meio de Rita foi inspirado no Gen. Robert E. Lee), e Romilda Padula, uma pianista.
Quando era criança, Lee contou em “Rita Lee: Uma Autobiografia” (2016), que um mecânico de máquinas de costura a abusou sexualmente em sua casa, uma experiência traumática que alimentou seu espírito rebelde. .
Com inclinação musical, ela tocou em vários grupos quando adolescente e, apesar do medo do palco inicial, formou Os Mutantes (os Mutantes) com os irmãos Arnaldo e Sérgio Dias Baptista em 1966. Em uma entrevista inicial, ela afirmou que a banda, cujo nome foi inspirado em um livro de ficção científica chamado “O Planeta dos Mutantes” (“O Planeta dos Mutantes”), tinha “vindo de outro planeta para dominar o mundo”.