Zelensky chega à Holanda para falar em Haia, informa a mídia holandesa

AMSTERDÃ – O presidente Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, viajou inesperadamente para a Holanda na quarta-feira e deveria falar em Haia na quinta-feira, de acordo com o Serviço de notícias holandês ANP.

Zelensky fez a viagem depois de passar grande parte da quarta-feira negando as alegações russas de que seu país era responsável por um ataque de drones no início da manhã ao Kremlin, dizendo que a Ucrânia estava focada na luta em seu próprio solo. “Estamos defendendo nossas aldeias e cidades”, disse ele, enquanto visitava líderes nórdicos em Helsinque, na Finlândia.

Na Holanda, o Sr. Zelensky também deveria se reunir com o primeiro-ministro Mark Rutte e visitar o Tribunal Penal Internacional em Haia, que emitiu um mandado de prisão para o presidente Vladimir V. Putin e um oficial russo por crimes de guerra em março.

A visita, que não havia sido relatada até horas antes de sua chegada, foi a primeira visita pessoal de Zelensky à Holanda como líder da Ucrânia. Zelensky se dirigiu à Câmara dos Representantes da Holanda por vídeo em março de 2022, quando pediu aos legisladores que parassem de fazer negócios com a Rússia e enviassem mais munições.

O Sr. Zelensky fez poucas viagens ao exterior desde o início da invasão russa, incluindo um tour pela Grã-Bretanha, França e Bélgica em fevereiro e uma viagem a Washington em dezembro de 2022. Na manhã desta quarta-feira, ele reuniu-se com líderes nórdicos na Finlândiae ele deveria fazer uma visita de estado oficial à Alemanha em 13 de maio, de acordo com o departamento de polícia de Berlim.

Espera-se que Zelensky faça um discurso intitulado “Não há paz sem justiça para a Ucrânia” em Haia na quinta-feira, de acordo com a ANP.

O presidente ucraniano há muito pede que o presidente da Rússia, Vladimir V. Putin, e as autoridades que ajudaram a levar a guerra à Ucrânia sejam responsabilizados pela lei internacional. Ele e outras autoridades ucranianas propuseram que os líderes europeus criassem um tribunal especial para esse fim, que pudesse trabalhar ao lado do Tribunal Penal Internacional, mas contornar seu longo e oneroso processo de acusação.

Zelensky se referiu a tal tribunal na quarta-feira, ao rejeitar as acusações da Rússia, que enquadraram as explosões no Kremlin como uma tentativa de assassinato de Putin.

“Não atacamos Putin”, disse ele. E quanto ao destino do líder russo, ele disse: “Deixamos isso para o tribunal”.

Johanna Lemola contribuiu com reportagens de Helsinki, Finlândia.

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