Mas a auditoria, segundo relatos da mídia local, ainda expressou preocupação com as deficiências na navegação aérea, na investigação de incidentes e na estrutura organizacional necessária para implementar os padrões de segurança.
Antes da pandemia, o Nepal registrava uma expansão constante das viagens aéreas, tanto domésticas quanto internacionais. O turismo, que traz centenas de milhões de dólares para o país, um dos mais pobres da região, voltou a se recuperar após uma forte queda durante a pandemia. Especialistas e autoridades há muito se preocupam com a capacidade dos aeroportos de atender à demanda expandida.
O terreno difícil do Nepal, com algumas das cadeias montanhosas mais altas do mundo, significa que grande parte das viagens aéreas é feita em pequenos aviões que viajam entre as quase quatro dúzias de pequenos aeroportos do país. Os vôos internacionais maiores são limitados principalmente ao principal aeroporto do Nepal na capital, Kathmandu. Um terceiro aeroporto internacional foi inaugurado este mês em Pokhara, local do acidente de domingo, após a construção ser financiada por um empréstimo chinês de US$ 200 milhões.
Bijender Siwach, um piloto militar aposentado e diretor geral da Aviation Safety India, uma organização sem fins lucrativos que realiza treinamento e análise de acidentes, disse que os vídeos do acidente sugeriam que o clima e o terreno não eram fatores, porque o céu estava claro e a aeronave estava perto da pista de pouso.
Embora as respostas definitivas venham apenas com a investigação, disse Siwach, a causa pode ter sido uma falha mecânica ou um caso de erro humano que colocou o avião no que é conhecido como estol. Nesse caso, a aeronave desacelera demais para poder permanecer no ar e fica fora de controle.
“Se tivesse acontecido a 5.000 ou 10.000 pés, a aeronave poderia ter se recuperado a 2.000 pés se o piloto tivesse respondido”, disse Siwach. “Mas como a altura era muito baixa, 200 ou 300 pés talvez, o piloto não teve chance.”
