Ele diz que recrutou azerbaijanos, tártaros e uigures chineses para o grupo e fala apaixonadamente sobre a marginalização e opressão das minorias de língua turca na Rússia. Ele disse que Moscou atraiu injustamente conscritos para a guerra predominantemente de regiões remotas e mais pobres da Rússia, incluindo aquelas habitadas por minorias étnicas de língua turca, que foram mortas em números muito maiores do que os russos étnicos.
Mas Kudabek disse que os membros de sua unidade podem usar essa injustiça a seu favor, infiltrando-se no território ocupado pela Rússia em missões de sabotagem e até mesmo se fazendo passar por soldados russos.
“Nós só queremos lutar contra os russos”, disse ele. “Sabemos o que são.”
Apesar de seu evidente valor para os militares ucranianos, os comandantes dos batalhões étnicos reclamaram da falta de apoio de Kyiv. O líder do batalhão checheno, Madiyev, disse que além de armas e munições, as unidades devem fornecer sua própria comida, combustível e equipamento.
O líder de um regimento russo, um nacionalista de extrema-direita que usa o codinome White Rex, disse que se deparou com vários obstáculos quando formou a unidade logo após a invasão russa.
Embora ele e seus colegas voluntários tenham morado na Ucrânia por vários anos, eles inicialmente foram recebidos com suspeita por parte dos ucranianos sobre os sabotadores russos. “Fomos mantidos sob a mira de uma arma”, disse ele. “Tivemos muitos encontros engraçados, e não tão engraçados, mas eu estava determinado a ter esse regimento.”
Mas eles também encontraram apoio entre os ucranianos.
Um grupo voluntário ucraniano, Bratstvo, acabou ajudando o regimento russo a encontrar um papel para si não tão diferente dos outros batalhões étnicos, operando atrás das linhas russas e realizando missões de reconhecimento e sabotagem para o exército ucraniano.
Minutos antes de partir para uma missão noturna recentemente, White Rex disse que seu objetivo sempre foi encontrar uma maneira de voltar para casa na Rússia. Mas ele disse que a guerra o ensinou que o caminho para retornar à Rússia é derrubar Putin e seu governo.
