“Na verdade, enquanto são expulsos das ruas, os pobres, simultaneamente, também são banidos da comunidade reconhecidamente humana. E, a partir do momento em que são enviados a viver na periferia da vida, passam a ser retratados como desleixados, pecaminosos e destituídos de padrões morais. E, dessa forma, legitima-se a exclusão e a necessidade de se manter afastados todos aqueles que, de alguma maneira, poderiam contaminar a pureza do ambiente”, conclui.