A pedido do futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o governo Bolsonaro não vai mais prorrogar a isenção de PIS e Cofins sobre combustíveis.
A equipe de Paulo Guedes propôs ao novo governo prorrogar a medida por trinta dias, que terminaria no final do ano.
Uma medida provisória prorrogando a isenção já havia sido preparada pelo Ministério da Economia e enviada para Casa Civil para ser editada nesta semana.
Depois que a informação foi divulgada, e com a reação negativa do mercado, Haddad disse a interlocutores que discutiu a medida com Paulo Guedes e que ainda iria aguardar uma posição final do presidente eleito Lula.
Haddad comentou com assessores que recomendou a Lula não ser a favor da medida porque isenção de tributos pode ser adotada a qualquer momento.
E que o novo governo pode decidir isentar outros produtos ou só diesel e gás de cozinha.
Nesta terça à tarde, Haddad entrou em contato com o governo e pediu que a medida provisória não fosse mais editada.
No governo Bolsonaro, o argumento é que o Ministério da Economia fez a proposta de prorrogar por noventa dias, mas Haddad foi contra.
Depois, a proposta caiu para uma prorrogação de trinta dias. Segundo assessores de Paulo Guedes, Haddad ficou de consultar Lula e o Ministério da Economia informou que iria baixar a medida até o final do ano.
Assessores de Paulo Guedes disseram que a intenção era evitar que Lula assumisse com os combustíveis subindo de preço.
Na equipe de Lula, a avaliação é que Bolsonaro queria prorrogar para fazer mais um aceno a seus apoiadores.