Desde 20 de novembro, pelo menos 65 pessoas foram mortas por bombardeios. Câmera de segurança mostra momento da explosão em rua movimentada de Istambul
Milhares de curdos sírios protestam em Qamishli, no nordeste da Síria, neste domingo (27), contra os recentes bombardeios turcos contra esta região controlada pela administração curda semiautônoma, informou um jornalista da AFP.
Há uma semana, a Turquia realiza uma operação aérea contra as forças curdas na Síria e o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) no Iraque, acusados pelas autoridades turcas de terem perpetrado o ataque de 13 de novembro em Istambul, que causou seis mortes.
As forças curdas negam envolvimento.
Após três dias de relativa calma, a Turquia realizou novos bombardeios neste domingo contra áreas controladas pelos curdos ao norte de Aleppo, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), com sede no Reino Unido, que possui uma extensa rede de fontes na Síria.
Cinco soldados sírios morreram em um ataque com drone turco em um povoado perto da cidade de Tal Rifaat, ao norte de Aleppo, disse o OSDH.
Desde 20 de novembro, pelo menos 65 pessoas foram mortas por bombardeios turcos, principalmente no nordeste da Síria.
Neste domingo, na cidade de Qamishli, na região de Hassaka, milhares de manifestantes denunciaram os ataques turcos e uma possível ofensiva terrestre que Ancara ameaça lançar, segundo um fotógrafo da AFP no local.
Os manifestantes carregavam bandeiras curdas e retratos de Abdullah Ocalan, o líder histórico do PKK, preso na Turquia, e gritavam palavras de ordem contra o presidente turco Recep Tayyip Erdogan.
“A vontade do povo curdo não será quebrada (…), não deixaremos nossa terra histórica”, disse à AFP Siham Sleimane, manifestante de 49 anos.
“Somos vítimas da erradicação”, disse outro manifestante, Salah el-dine Hamou, 55 anos.
As forças curdas sírias, apoiadas por uma coalizão internacional conduzida pelos Estados Unidos, lideraram a luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), expulso de seus redutos na Síria em 2019.
Explosão ocorreu em movimentada rua de pedestres na área de Taksim, no centro de Istambul,
Arte/g1