Conhecido por ‘De volta para o futuro’, ele foi premiado por sua campanha para arrecadar fundos para pesquisas sobre a doença de Parkinson, com a qual foi diagnosticado em 1991. Michael J. Fox agradece seu Oscar honorário
Valerie Macon/AFP
O ator Michael J. Fox, protagonista do filme “De volta para o futuro” (1985), recebeu neste sábado (19) um Oscar honorário por sua campanha para arrecadar fundos para pesquisas sobre a doença de Parkinson, uma enfermidade neurodegenerativa que o afeta há décadas.
Fox recebeu o prêmio por seu trabalho humanitário em uma cerimônia de gala em Los Angeles, com a presença de grandes estrelas do cinema.
“Vocês estão me fazendo tremer, parem com isso”, brincou Fox ao ser ovacionado pela plateia. Ele disse que esta é uma “uma honra totalmente inesperada”.
O ator canadense de 61 anos conquistou fama mundial com a trilogia “De volta para o futuro”, na qual interpreta o estudante Marty McFly.
Em 1991, aos 29 anos, ele foi diagnosticado com Parkinson e os médicos afirmaram que teria 10 anos de carreira devido à doença, que afeta as funções motoras.
Fox, que se aposentou de maneira permanente da carreira de ator em 2020, sofreu múltiplas fraturas e ferimentos devido a quedas nos últimos meses.
No sábado ele conseguiu caminhar até o palco, mas teve que pedir ajuda a sua esposa, Tracy Pollan, para carregar o prêmio, de acordo com a agência de notícias France Presse.
Fox disse que a pior parte do seu diagnóstico foi “lidar com a incerteza” e que ele manteve o diagnóstico como uma questão privada por anos porque “não sabia se o público conseguiria rir se soubessem que eu estava sofrendo”, segundo a agência de notícias Reuters.
O ator recebeu o prêmio humanitário Jean Hersholt do comitê de governadores da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, o grupo que entrega o Oscar, e foi apresentado pelo amigo Woody Harrelson.
Outras pessoas que receberam o Governors Awards incluem a compositora Diane Warren, cujas músicas foram usadas em mais de 100 filmes.
Euzhan Palcy, Michael J. Fox, Diane Warren e Peter Weir mostram suas estatuetas honorárias do Oscar
Valerie Macon/AFP
Warren, 66, foi indicada ao Oscar por melhor música original 13 vezes, mas nunca venceu.
“Esperei 34 anos para dizer isto: gostaria de agradecer a Academia”, disse Warren, diante de aplausos.
O diretor australiano Peter Weir, conhecido por filmes como “A Testemunha” (1985) e “Sociedade dos Poetas Mortos” (1989), e Euzhan Palcy, que se tornou a primeira mulher negra a dirigir um filme para um grande estúdio de Hollywood com “Assassinato sob Custódia” (1989), também foram homenageados.