Número considera dados até o início de dezembro do ano passado. Pasta indica tendência de redução de mortes, apesar do crescimento de casos, e reforça a necessidade de vacinação. Bebê recebe a vacina contra covid-19
Bruno Concha/Secom
Desde o início da pandemia, 3.562 crianças e adolescentes morreram por conta da Covid-19. No total, foram notificados 57.388 casos em crianças e adolescentes de até 19 anos. Só no ano passado, foram 850 mortes causadas pela doença. As informações são de uma nota técnica divulgada pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (9) e consideram dados até o início de dezembro de 2022.
O ministério apontou “tendência de redução neste ano quando comparado aos anos anteriores, a despeito do aumento de casos”.
A maior incidência e mortalidade foi entre os menores de 1 ano, 1.144 bebês com menos de um ano morreram por conta da Covid do início da pandemia até dezembro de 2022, representando 4,93 mortes a cada 100 mil habitantes.
A nota aponta ainda que no ano passado houve aumento do número de crianças e adolescentes hospitalizadas por conta da doença, foram 20.544 hospitalizados até o início de dezembro.
Entre os hospitalizados, 31,5% tinham comorbidades, principalmente asma, doenças neurológicas e problemas no coração.
Síndrome Inflamatória Multissistência
Outra preocupação do Ministério da Saúde é com a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) associada a covid-19. Essa condição pode ocorrer em crianças e adolescentes após o contato com o vírus e pode levar a casos graves. Ela é mais comum em crianças de até 4 anos.
“A SIM-P parece ocorrer em uma fase tardia da covid-19, cerca de duas a seis semanas após o contato com vírus, mas também já foram registrados casos na fase aguda da doença”, aponta a nota.
Desde o início da pandemia, já foram confirmados 1.960 casos da síndrome, com 134 óbitos. Em 2020, foram 749 casos com 50 mortes; em 2021, 840 casos e 55 mortes; e, em 2022, até dezembro, 371 casos e 29 mortes.
O documento aponta que “em janeiro de 2022, houve novo aumento do número de casos, o que pode ser justificado pelo aumento da circulação do vírus SARS-CoV-2 na população no mesmo período”.
A nota reforça que, apesar de as crianças e adolescentes apresentarem menor risco para a covid, elas “não estão isentas de desenvolver as formas graves da doença” e reforça a necessidade de vacinação, com o esquema vacinal completo.
O ministério também indica que sejam observados os “perfis epidemiológicos locais”, ou seja, a circulação do vírus em cada região para a adoção de outras medidas, como uso de máscaras, distanciamento social, etiqueta respiratória e higiene das mãos.
Leia também:
Elevar coberturas vacinais é uma das prioridades, diz novo secretário da Saúde
Na manhã de sábado, 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil,…
Certificado lista destinos em áreas costeiras que tiveram compromisso com a preservação ambiental e o…
Gisèle Pelicot abriu mão do anonimato para tornar público o julgamento de seu ex-marido e…
"Embora 99,999% dos usuários do Telegram não tenham nada a ver com crimes, os 0,001%…
Mesmo com o imposto de 100% sobre o valor dos veículos americanos, os carros elétricos…
A medida tem como objetivo garantir o direito ao voto para o eleitor. A restrição…