A presença de uma pessoa nomeada pelo líder da oposição da Venezuela, Juan Guaidó, como o representante da Venezuela na Organização dos Estados Americanos (OEA) está sendo questionada por 11 países que integram a entidade.
O secretário-geral, Luis Almagro, falou sobre essa articulação nesta quarta-feira (5). Há uma reunião dos países-membros da OEA em Lima, no Peru.
Nicolás Maduro foi reeleito em 2018. A oposição, no entanto, não reconheceu aquela votação como legítima. Em janeiro de 2019, quando Maduro tomou a posse para um segundo mandato, o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente, já que ele seria o próximo na linha de sucessão.
Diversos países e organizações (inclusive a OEA) reconheceram Guaidó como o presidente venezuelano.
A cadeira da Venezuela foi assumida por Gustavo Tarre, um enviado de Guaidó.
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Os países que questionam a presença do delegado indicado por Guaidó são os seguintes:
Os representantes dessas nações querem revogar a aceitação do representante permanente na OEA “designado pela Assembleia Nacional da Venezuela em janeiro de 2019” (Guaidó é o presidente da Assembleia Nacional).
Para conseguir conseguir que essa proposta de remoção seja votada, é preciso que 23 dos 34 membros ativos da OEA apoiem o pedido de votação.
Tarre, o representante de Guaidó, não viajou a Lima para representar a Venezuela nesta assembleia da OEA. O escritório de Guaidó lamentou que o tema da credencial tenha feito com que a crise humanitária e de direitos humanos da Venezuela não tenha sido discutido.
O texto também pede para considerar que a Venezuela “deixou de ser membro da Organização dos Estados Americanos em 27 de abril de 2019”. Naquele dia, terminou o prazo para que a Venezuela formalizasse sua saída da OEA, notificada pelo governo de Nicolás Maduro dois anos antes.
Almagro negou que o processo de retirada da Venezuela da OEA tenha sido concluído. Ele argumenta que a Venezuela não poderia ter deixado a entidade porque o país deve dinheiro à OEA. “Para deixar a Organização não é necessário passar apenas dois anos, mas eles têm de estar em dia com todas as suas obrigações”, afirmou.
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